Poetas
são Poetas apenas Poetas e suas poesias
Escalpelar
o poeta é tirar-lhe a liberdade de sonhar. Cercear a pureza de sua expressão
d’alma artística e liberta do poeta insensato e irreverente. A arte com a pena
que desliza em um papel inerte dando a vida aos sonhos incomuns do universo uma
conspiração das forças que movimentam fronteiras de beleza que saem de suas
mãos avidas pelo pleno poder e desejo de se fazer existir para contar ao que
veio sem saber de onde veio tamanha inspiração.
Poetas
conspiram com um universo em paralelo com os astros, são magníficos e ingênuos,
tolos a ponto de brincar com o amor que os toma em alma e corpo, são eles, sua
própria inspiração, divertindo-se com o gozo desta expressão fantasiosa, que se
encontra em poesia. Armação em rimas de um ambiente favorável dos sentidos, a
mente que ferve em um colapso indiscutivelmente fabuloso dos neurônios, que em
suas sinapses faz acontecer o prazer real do imaginário. Poesia é o tempero do
encantamento, que da as asas para um absoluto voar...
Dentre
todas as expressões que existe, o amor é o mais lindo e saboroso caminhar, sem
sentido, indo... Sem saber para onde ir, ou para onde irá levar...
Um poeta
não morre quando deixa sua forma terrena, ele sucumbe quando um beijo o sufoca
o viver e sua alma se aprisiona em meio ao egoísmo, de prender pra si o que
nasceu para o mundo, às belas inspirações de um ser magico e verdadeiro sem
medo ou desventura, faz de sua armadura, sua simples forma de pensar. Morre o
poeta de pura amargura, em olhar pro papel e nada pensar, repousar sua alma
livre, enclausurada em respostas, que ele nunca saberia dar.
Amor de
poeta é pelas coisas do mundo, ao olhar com os olhos e ter a visão da alma, que
faz de sua mente um florir sem explicação. O poeta sente sentado na cadeira,
com a pena em punho entrelaçada em seus dedos e imaginação, tornando um papel o
lastro da poesia, fluindo a magia que surge sem amarras, querendo voar... A
riqueza esta em tudo e por tudo sempre amar.
Hélio Ramos de Oliveira