O
pudor só serve pro nada
Reveste-se
da hipocrisia quem se esconde em uma anágua de
intolerância
A
verdade tem identidade e é aberta
Ser
a exclamação
Intolerância
obtusa que ceifa e puni
Jogada
a culpa por ser divino
Vergonha
que se cobre de carneiro
Está
na profecia do absurdo a fé em demasia
Ao
ser luz fez-se o dia
Respeitá-los
ao ser fruto desta imensa colheita
Todas
as flores exalam seu aroma com distinção
São
os jardins em sua complexidade e diferenças
É
daninha pra quem valoriza apenas o trigo, pois também é
alimento
das lagartas.
Será
a metamorfose um aprendizado para o homem?
Ou
foi a cruz o peso de toda culpa?
Ceifar
o que não foi semeado eleger assim os culpado pelos
erros
que nem sabe
Pudor
só serve a dor
É
vergonha estar em pele?
A
quem se fere se assim proclamamos nossa existência
A
quem fará a diferença se acreditarmos que somos fruto desta
Terra
Sem
sermos arrastado por um mar de hipocrisia.
A
roupagem segrega o ser hominídeo
Vestes
que inspiram a repulsa
O
respeito está para os animais que não raciocinam e aceitam-
se
como assim o são.
Hélio
Ramos de Oliveira
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