sábado, 14 de março de 2015


Poesia com calda de caramelo

O poeta é um belo ator elegante e cheio de charme
Caminha sobre a essência do mundo em cores de algodão
Poetar é a ânsia que exacerba o ser incompleto
Concreto é a desconstrução dos sentidos que florescem
Escrever sem ver o pó da sua poesia angústia amor e magia
A beleza completa em versos do viver
Contar as contas peroladas do colar afilado pelo fio das
palavras
Embriagar-se do etílico sabor da alma boemia e solta
Transcender mundos com as cores da imensidão ao ser o
paraíso
Bestial poeta que assume seu lugar em lugar algum
Acertar o alvo na escuridão dos sentidos e ser o tolo do
mundo
Vestir-se com as letras tramando o tecido de fundo de um
céu enfeitado
Ser o bordel das intenções impedidas e a ciranda pueril
O corpo com as formas das palavras escrevendo no céu de
estrelas cadentes
Brilhar com o Sol ao dançar com a Lua uma serenata de amor
Redimensionar o universo em versos com as cores da
imensidão
Contaminar com doçura e loucura a sóbria solidão
Gozar do viver ao ser poeta e poesia
Flertar com o amor e viver cada beijo solto por seus lábios
O ser poeta é algo de intrépido, monstruoso e sereno.
Definição do poeta é poeta, pois só é poeta quem assim o é
O sonho com vida projetando a realidade fantasiosa
Compondo e sentindo o corpo e a mente em transe
Vivendo amando de seus sentimentos unguento pra dor
Escrevendo as falanges respondem aos impulsos da mente
Poetando as sinapses nervosas com brilho azul
Chorando ou sorrindo as lagrimas banhando a face aberta
coberta de si
Somos todos poetas na ambição de sonhar encontrar nossa
fonte
Ser o rio com suas margens serenas
A tempestade que por dentro reina vitalícia
O engodo da certeza que poesia é a magia do amar
Incontinente derramar versos com prazer de ser poesia
A cada um dos poetas e poetizas um pedaço 


Hélio Ramos de Oliveira

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