domingo, 15 de setembro de 2013


Tempo


Quanto ao tempo?
Diga ao vento!
Sem tempo
Sem vento

Sem tempo algum
Sem vento algum
Sem...
Algum...

O vento sem soprar
O tempo sem passar
O vento
Relento sem orvalhar

Passou o que não existiu
Passou o que nunca existiu
Uma fabula sem fim?
Anunciar sem começo?

O alento!
O amor!
O que tem?
Ninguém?

Pra onde se vai?
De onde se vem?
O trem que partiu!
O frio que sentiu

Forja o sentido do acaso
Escorre a lágrima
Formando um sorriso
Tristeza ou felicidade?

O só da saudade
Tristeza sem beleza
Soa o sino do amar
Solidão que ecoa no espaço

O tato sem nunca pegar
Acelera o coração
Pulsa forte dilacerando as artérias
Tempo...

Nunca morre o que nunca viveu
Ceifar o tempo sem que ele passe
Sem tempo?
Alma amada desta alegria

Percorrer os caminhos sem nunca chegar
Abraçar-se em solidão
Sem o vento
Com o tempo que nunca passou

Viver em um paraíso
Longínquo porem tão próximo
Soprar as palavras e sentir o vento
Fazer o ar em poder amar para sempre




Hélio Ramos de Oliveira

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