Tempo
Quanto ao
tempo?
Diga ao vento!
Sem tempo
Sem vento
Sem tempo
algum
Sem vento
algum
Sem...
Algum...
O vento
sem soprar
O tempo
sem passar
O vento
Relento sem
orvalhar
Passou o
que não existiu
Passou o
que nunca existiu
Uma fabula
sem fim?
Anunciar sem
começo?
O alento!
O amor!
O que
tem?
Ninguém?
Pra onde
se vai?
De onde
se vem?
O trem
que partiu!
O frio
que sentiu
Forja o
sentido do acaso
Escorre a
lágrima
Formando um
sorriso
Tristeza ou
felicidade?
O só da
saudade
Tristeza sem
beleza
Soa o
sino do amar
Solidão que
ecoa no espaço
O tato
sem nunca pegar
Acelera o
coração
Pulsa forte
dilacerando as artérias
Tempo...
Nunca morre
o que nunca viveu
Ceifar o
tempo sem que ele passe
Sem tempo?
Alma amada
desta alegria
Percorrer
os caminhos sem nunca chegar
Abraçar-se
em solidão
Sem o
vento
Com o
tempo que nunca passou
Viver em
um paraíso
Longínquo
porem tão próximo
Soprar as
palavras e sentir o vento
Fazer o
ar em poder amar para sempre
Hélio
Ramos de Oliveira
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