segunda-feira, 18 de março de 2013



Ápice

Estar nas alturas e ver de perto a lonjura do céu
Acariciar as nuvens que tão macias um rio de lágrimas
Tão alto o encontro de meus pensares
Alma minha que se estende ao infinito do eu

Cálice sagrado deste sacrifício de buscar o ar
Saga que me eleva em sonhar com o Olimpo nas montanhas
Meu paradeiro sem descanso segue a subir os Alpes
Mundo sem prumo e sem a origem que faz do ar rarear

O grito que ecoa destruindo o silêncio
Vento que silva soprando a alma que dança
Tantas insinuações do oposto
Estar onde nada importa

Recolher com as mãos os sentidos
Juntar as partes sem partes compostas
Inóspito caminho que o espirito paira
Reconciliar os tantos eu composto em um ser

Atingir o ápice desta imensa montanha
Ser e crer que a possibilidade existe
Ser a fé sem nunca ser triste
Estar em seu lugar em sua graça no ápice encontrar


Hélio Ramos de Oliveira

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