terça-feira, 19 de março de 2013



Sobras

Meu silêncio é a fonte da inquietude
Recolho-me ao sentir sem nada sentir
Olho mais nada vê além do nada
Sem dor ou recompensa

Sem nada a dizer minhas palavras se aprisionam
Em uma carapaça de pele a mente se fez
Relapsa confusão dos sentimentos insensatez
Neurofisiologia do embate duvidoso que impressionam

Um rato que esconde seus resíduos de alma
Impotência relevante que acende a distancia
Ergue a frigidez das relações
Espasmos...

As sombras aparecem encobrindo o olhar
Mudo o corpo trava sem expressão
Choro com lágrimas secas do passado
Recluso estagnado sucumbe o ar

Sem as palavras
Sem as letras
Sem a alma
Sem as sobras


Hélio Ramos de Oliveira

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